No mês de maio, o Instituto Aliança contra Hanseníase (AAL) marcou presença na 1ª Conferência Livre de Hanseníase Milton Ozório Moraes, um evento de relevância nacional que foi uma etapa preparatória para a 17ª Conferência Nacional em Saúde. Sob o sub-tema “Diagnóstico precoce e tratamento de qualidade são direitos inalienáveis das pessoas atingidas pela hanseníase”, a conferência reuniu gestores públicos, lideranças à frente de organizações, profissionais de saúde e pacientes.
O evento foi organizado pelo Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) com apoio de diversas entidades e instituições, entre elas a Aliança contra Hanseníase, a Sociedade Brasileira de Hansenologia, a Secretaria de Vigilância Sanitária e o Conselho Nacional de Saúde. A programação aconteceu em formato híbrido. A atividade presencial ocorreu no auditório da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde, em Teresina, capital do Piauí, enquanto a transmissão on-line foi feita pelo canal do MORHAN no YouTube, permitindo a participação ampla e democrática de pessoas interessadas.
Além da significativa troca de conhecimentos e experiências, a conferência prestou um tributo à memória de Milton Ozório Moraes, ex-chefe do Laboratório de Hanseníase do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que faleceu em 2022.
Reconhecimento à Dra. Laila de Laguiche
A presidente da AAL, dra. Laila de Laguiche, marcou presença no evento e foi eleita como suplente na categoria Representantes dos Profissionais de Saúde, para a delegação que representou o Morhan na 17ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em Brasília, entre os dias 2 e 5 de julho. A médica também recebeu o troféu Bacurau em reconhecimento à luta por um mundo livre da hanseníase. Esse prêmio, concedido em 2022, só pode ser entregue pessoalmente em 2023 devido à pandemia de Covid-19.
“Participar da 1ª Conferência Livre de Hanseníase foi uma experiência extremamente enriquecedora. Foi uma honra estar presente nesse evento tão importante que discute temas cruciais para as pessoas afetadas pela hanseníase. Além disso, ser eleita como suplente na categoria dos Representantes dos Profissionais de Saúde e receber o troféu Bacurau foi um reconhecimento do nosso trabalho e empenho na luta por um mundo mais justo e humano para essas pessoas”, disse a dra. Laila de Laguiche.
“Juntos, podemos fortalecer as ações voltadas para a hanseníase e garantir que o diagnóstico precoce seja uma realidade acessível a todos os indivíduos. Além disso, é essencial investir em capacitação e sensibilização dos profissionais de saúde para que estejam aptos a identificar os primeiros sinais da hanseníase e encaminhar os pacientes para o tratamento adequado. A Aliança contra Hanseníase tem feito uma série de ações para isso, em especial, o lançamento do programa DOCHansen”, completou a presidente do Instituto AAL. Na segunda parte da conferência ela apresentou a história da organização e os projetos que são desenvolvidos atualmente.
Laila também fez defesa enfática do Sistema Único de Saúde (SUS). “Apesar de não ser perfeito, o SUS é o maior e mais completo sistema de saúde do mundo. Eu tenho muita esperança, garra e vontade de poder contribuir com o que eu sei, com o que eu aprendo e vou aprender para poder melhorar ainda mais o nosso SUS”, concluiu.
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