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Relatório farmacêutico atesta qualidade da medicação à base de DAPSONA, oferecida pelo SUS no tratamento da hanseníase

Laudo encomendado por AAL, SBH e Morhan enfatiza a importância do controle de qualidade
das drogas importadas relacionadas ao tratamento da hanseníase

Motivados pelo aumento no número de casos de pacientes que desenvolveram anemia hemolítica durante o uso do esquema terapêutico disponível para o tratamento da hanseníase, o Instituto Aliança contra Hanseníase, a Sociedade Brasileira de Hanseníase (SBH) e o Morhan encomendaram um estudo sobre a qualidade da medicação à base de DAPSONA utilizada no tratamento da hanseníase e distribuída pela SUS. Os resultados apontaram que não há nenhuma alteração no medicamento.

A análise, físico-química da droga DAPSONA foi realizada pelo Núcleo de Controle de Qualidade de Medicamentos e Correlatos do Departamento de Farmácia da Universidade Federal de Pernambuco, laboratório sede do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Positiva do Complexo Industrial da Saúde 4.0 (INCT TEC.CIS 4.0). Assinam o laudo José Lamartine Soares Sobrinho, coordenador do INCT TEC.CIS 4.0 e Coordenador do NCQMC-DCFAR-UFPE, e Mônica Felts R. Soares, membro do Comitê Gestor do INCT TEC.CIS 4.0 e vice-coordenadora do NCQMC-DCFAR-UFPE.

Os especialistas ressaltam que a DAPSONA pode apresentar alguns efeitos colaterais, como reações alérgicas, anemia hemolítica, náusea, vômito, diarreia e dor abdominal, sensibilidade à luz solar, alterações na pigmentação da pele, dormência ou formigamento nas extremidades, dores de cabeça, tontura e confusão mental, além de alterações na função hepática. No entanto, nem todos os pacientes apresentam esses efeitos colaterais, e a intensidade e duração dos sintomas podem variar.

A resistência à DAPSONA é a mais frequente entre as drogas utilizadas no esquema terapêutico preconizado atualmente, seguido pela Rifampicina. “O efeito da anemia hemolítica é mais um efeito colateral, podendo ser também um processo alérgico, de hipersensibilidade. Essa reação ocorre mais comumente em pacientes com deficiência da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), que é responsável por proteger as células vermelhas do sangue de danos oxidativos. A reação alérgica ou de hipersensibilidade à DAPSONA pode ocorrer em alguns pacientes e pode levar a outros sintomas, além da anemia hemolítica, como coceira, vermelhidão, inchaço e erupções cutâneas”, consta no laudo.

“A garantia de um tratamento eficaz é essencial para o bem-estar dos pacientes e para o controle da hanseníase. Com este relatório, podemos nos assegurar sobre a qualidade da Dapsona e buscar explicações abrangentes para os casos de anemia hemolítica que tem acometido alguns pacientes”, comenta a fundadora do Instituto Aliança contra Hanseníase, Laila de Laguiche.

Vale ressaltar que o laudo não possui poder legal, pois o NCQMC não é um laboratório da Rede REBLAS ou LACEN. Contudo, segue os preceitos das Boas Práticas Analíticas, monografias farmacopolas com Substâncias Químicas de Referência (SQRs) e todos os cuidados cabíveis para a metrificação exata e precisa do controle de qualidade do produto.

Para acessar o documento na íntegra clique aqui.

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