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Fundadora do AAL participa da Abertura do Curso de Especialização Interprofissional em Atenção Integral às Pessoas com Hanseníase, no MT

A Dra. Laila de Laguiche, diretora e fundadora do Instituto Aliança Contra Hanseníase – AAL, participou da abertura do Curso de Especialização Interprofissional em Atenção Integral às Pessoas com Hanseníase, evento transmitido ao vivo no dia 23 de maio de 2024, organizado pela Escola de Saúde Pública do Mato Grosso . O curso, que teve como objetivo capacitar profissionais para uma abordagem interprofissional e integral da hanseníase, contou com uma aula inaugural sobre “Educação na Saúde e Governança no SUS”, conduzida pelo Dr. Ricardo Burg Ceccim.

A Dra. Laila foi uma das convidadas na introdução do evento, trazendo sua experiência no campo da saúde pública e sua expertise em políticas de saúde. Seu envolvimento no curso refletiu seu compromisso com a promoção de abordagens mais inclusivas e integradas no cuidado à saúde, especialmente em áreas como a hanseníase, que exigem atenção especializada e multidisciplinar.

A transmissão ao vivo permitiu que profissionais de saúde, acadêmicos e estudantes de todo o Brasil tivessem acesso à aula inaugural, que abordou temas cruciais sobre a educação em saúde e os desafios da governança dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).

O evento representou uma oportunidade única de aprofundar conhecimentos e promover discussões relevantes sobre a gestão da saúde pública, alinhando teoria e prática para a formação de profissionais mais preparados para lidar com as complexidades do atendimento à saúde no Brasil.

Sobre a primeira turma interprofissional de especialização em hanseníase pela Escola de Saúde Pública

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) deu início, na tarde desta quinta-feira (23.05), ao curso de Especialização Interprofissional em Atenção Integral às Pessoas com Hanseníase, que é ofertado pela Escola de Saúde Pública de Mato Grosso. A aula inaugural foi ministrada pelo especialista e doutor em antropologia médica, Ricardo Burg Ceccim, no auditório do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito), em Cuiabá.

Essa é a primeira turma de pós-graduação voltada a equipes interdisciplinares em saúde, que já conta com 45 alunos de 20 municípios e de 13 regiões de saúde de Mato Grosso. 

São profissionais voltados para o atendimento ambulatorial, médicos, enfermeiros, cirurgiões-dentistas e profissionais que trabalham na saúde do sistema prisional, além de outras áreas que integram a atenção à pessoa com hanseníase.

O curso tem o objetivo de tornar os profissionais da área da saúde especialistas em hanseníase para atuarem no Sistema Único de Saúde (SUS) e contribuírem para a redução da doença no estado.

A diretora da Escola de Saúde Pública, Silvia Tomaz, ressalta o ineditismo do projeto no Brasil, já que o curso é o único que visa à formação da equipe no cuidado integral e interdisciplinar em hanseníase. “Essa é a primeira pós-graduação do país com essa característica e traz subsídios aos profissionais que já atuavam na rede. É uma importante oportunidade de transformação dos processos de trabalho e a efetiva redução da carga da doença em Mato Grosso”, disse a gestora. 

A aula inaugural teve como tema a interprofissionalidade como elo importante para o diagnóstico e tratamento dos pacientes. “A hanseníase é um problema de saúde pública que precisa da intervenção do conjunto da equipe. Então, a gente organiza o trabalho em um formato de ações coletivas e ações individuais, além do trabalho de identificação de sinais possíveis e indicativos da hanseníase, em que se estima a possibilidade ou o risco”, explicou o professor Ricardo Ceccim.

O superintendente de Atenção à Saúde da SES, Diógenes Marcondes, frisa que a hanseníase foi negligenciada por muito tempo no Brasil, mas que o Estado sai na vanguarda ao realizar a especialização para médicos e demais profissionais de saúde. “Agora estamos lançando esse curso de especialização interprofissional, que é fundamental para que o cuidado ao paciente seja melhorado, como também a atenção à saúde, nos vários níveis de atuação. Isso nos permite dar um resultado mais efetivo à população, fazendo com que a atenção à hanseníase se espalhe pelo estado”, avaliou Diógenes.

O secretário adjunto de Unidades Especializadas da SES, Luiz Antonio Ferreira, enfatizou a importância do profissional capacitado para o atendimento, diagnóstico e enfrentamento da hanseníase no estado. “A Escola de Saúde Pública já está com a segunda turma de profissionais médicos e agora está com essa grande turma interprofissional, que vai enriquecer todo o interior. A intenção é que a gente consiga cobrir a maior área possível”, acrescentou o secretário.

Para Fabiana Santos, enfermeira e aluna do curso, que atua há cinco anos no sistema prisional de Juína (746 km de Cuiabá), esta é uma oportunidade de garantir o acesso à saúde de reeducandos e também de suas famílias, já que a cidade tem altos índices da doença.

“A nossa região é endêmica para hanseníase. Se eu me aperfeiçoasse seria importante, já que poucos profissionais identificam esse agravo; ele não é simples e é muito subjetivo, principalmente quando falamos do sistema penitenciário. Não estamos falando só dos reeducandos, estamos falando de uma família, então eles retornam para seus lares. A ideia é devolvê-los à sociedade com condições de saúde melhores e sem risco de contaminação,” conta a profissional.

Capacitações em hanseníase

O curso de Especialização Interprofissional em Atenção Integral às Pessoas com Hanseníase será ministrado de forma presencial e totalizará 392 horas. Durante a especialização, haverá a realização de seminários e a entrega do trabalho de conclusão de curso. 

As atividades práticas serão realizadas e distribuídas entre as unidades de saúde que oferecem assistência em hanseníase.

Em formações anteriores voltadas para pós-graduação em hanseníase, a Escola de Saúde Pública destinou as capacitações aos profissionais médicos. Cerca de 36 médicos foram capacitados para atender as 16 Regiões de Saúde de Mato Grosso.

Fonte: SECOM-MT

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