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Aliança contra Hanseníase participa do Congresso Mundial de Hanseníase na Índia

A Aliança Contra Hanseníase participou do 21º Congresso Internacional de Hanseníase, que ocorreu no formato híbrido (presencial e virtual) em Hyderabad, na Índia, entre os dias 8 e 11 de novembro. O evento global é o mais importante congresso que reúne os principais especialistas mundiais para a troca de conhecimentos sobre a hanseníase e discutir as últimas pesquisas, protocolos e novas tecnologias. 

A AAL, com o incentivo e patrocínio da Companhia Internacional da Ordem de Malta contra a Hanseníase (CIOMAL, na sigla em francês), realizou várias contribuições, inclusive a apresentação inédita de calçados digitais para pessoas acometidas pela hanseníase na categoria SHORT VIDEOS, apresentado pela Dra. Susilene Nardi.

O trabalho oral apresentado pela Dra. Laila de Laguiche foi “Hanseníase: Dispositivos de Tecnologia Assistiva para prevenir, diminuir e reabilitar deficiências”, conhecido como projeto TECHansen, iniciativa da AAL que tem o objetivo de doar materiais, equipamentos e tecnologia assistiva para pacientes que apresentam deficiências físicas ou alterações ocasionadas pela doença nos olhos, nariz, mãos e pés. Até o momento, já foram doados cerca  de 1.900 materiais e dispositivos de tecnologia assistiva para mais de 300 pacientes, em todo o Brasil. 

Demais participações do Instituto no evento

A AAL também esteve na presidência de mesa da Segunda Sessão Lusófona e também da Sessão: “Hanseníase como uma doença dermatológica”, Painelista da Sessão da Sociedade Brasileira de Hansenologia “Inovações em Hanseníase” e Palestra Principal de Sessão Científica “Filantropia com abordagem científica, isso é possível?”. 

“Foi um evento maravilhoso onde pudemos reencontrar vários ícones da ciência internacional em hansenologia! Pudemos verificar os esforços para avançarmos no diagnóstico, tratamento e prevenção de incapacidades ligados à hanseníase. Também pudemos escutar as vozes de pacientes e ex-pacientes e de gestores. Infelizmente muitas vezes os avanços científicos levam cerca de 10 a 15 anos em média para serem implementados nos sistemas de saúde, devido a vários motivos: financeiros, países ainda com sistema de saúde desestruturado, etc. Mas gostaríamos de destacar a negligência e o preconceito,  muitas vezes protagonizada pelos gestores, profissionais de saúde em geral e até pelos próprios pacientes. Precisamos mudar o paradigma da sociedade vis à vis o olhar em direção à hanseníase. Assim, avançaremos mais rapidamente”, destaca Dra. Laila. 

Além disso, durante o Congresso, foram realizadas 21 apresentações que abordaram um aumento dos casos descritivos de clínica em hanseníase em crianças por outras organizações e especialistas na doença. Já as reações hansênicas, com um grande aumento das descrições científicas, contaram com 66 apresentações. “Também foram notórias as apresentações de desenvolvimento de tecnologias de impressão 3D na reabilitação de hanseníase, inclusive dos nossos sapatos digitais”, comenta Dra. Laila. 

Outro tema muito debatido no evento internacional foi sobre os avanços no diagnóstico de hanseníase, pela biologia molecular, além de sequenciamento genético, principalmente em relação às reações e resistências medicamentosas, com apresentações de novas drogas, novos esquemas terapêuticos e quimioprofilaxia (ainda em implantação em vários países) para a hanseníase.  

O próximo Congresso Internacional de Hanseníase vai acontecer em 2025, em Bali, na Indonésia. O novo presidente da International Leprosy Association (ILA) é o Dr. Narasimha Rao, da Índia, substituindo o Dr. Roch C. Johnson. Mais informações sobre o evento, acesse www.ilc-india2022.com

Sobre o Instituto Aliança contra Hanseníase

Com sede em Curitiba (PR) e projeção internacional, o Instituto Aliança contra Hanseníase é uma associação sem fins lucrativos que une ciência, educação e filantropia no combate à hanseníase. O Instituto AAL foi fundado pela dermatologista e hansenologista Dra. Laila de Laguiche, profissional com 20 anos de experiência na área, pós-graduada em Saúde Internacional e Doenças Tropicais pelo Instituto de Medicina Tropical da Antuérpia (Bélgica). Já atuou como representante da regional Sul e Relações Internacionais da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH). A entidade ainda conta com uma equipe de conselheiros formada por grandes referências em hansenologia no Brasil e na América Latina. Mais informações, acesse: www.allianceagainstleprosy.org.

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