Nossa história
Com sede em Curitiba (PR) e atuação internacional, o Instituto Aliança contra Hanseníase – AAL, na sigla em inglês (Alliance Against Leprosy), é uma associação sem fins lucrativos fundada em 2018 que une ciência, educação e filantropia no combate à hanseníase.
O Instituto Aliança Contra Hanseníase é fruto da observação particular de uma médica brasileira diante da invisível realidade que as pessoas com hanseníase enfrentam no país com o segundo maior número de diagnósticos no mundo. Em décadas de experiência na dermatologia, na medicina humanitária e no tratamento de pacientes de hanseníase, Laila de Laguiche aliou a sensibilidade para o tratamento de saúde com um olhar social capaz de perceber o quanto essa e outras doenças são germinadas em ambientes de alta desigualdade e vulnerabilidade social.
Brasileira e francesa, com formação médica no Brasil e na Bélgica, Dra. Laila une a sabedoria técnica com a nobreza da filantropia. É profissional de saúde com mais 20 anos de experiência na área, pós-graduada em Saúde Internacional e Doenças Tropicais pelo Instituto de Medicina Tropical da Antuérpia (Bélgica) e em Gestão de Saúde pelo Centro de Educação em Saúde Abram Szajman, do Hospital Albert Einstein. Já atuou como consultora do Ministério da Saúde e foi representante da regional Sul e Relações Internacionais da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH). Atualmente preside as atividades do AAL, além de ser membro do Conselho da Companhia de Ordem de Malta Internacional contra Hanseníase (CIOMAL).
Logo nos primeiros oito meses de atividades, alcançou 866 profissionais da saúde e com capacitações em algumas das regiões mais afetadas pela doença no Brasil. Realizou explanações sobre políticas públicas com vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), palestras com médicos dermatologistas e apoio a pesquisas científicas que podem aprimorar o tratamento da hanseníase.
Em 2020, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) e a Aliança Contra a Hanseníase assinaram um Termo de Cooperação Técnica em prol do projeto “Mato Grosso em Redes: Cuidado Integral em Hanseníase”, para estruturar a rede de cuidados integrais para a hanseníase no estado a partir de sapataria especializadas e a oferta de teleconsultorias e teleinterconsultas desenvolvidas por médicos especialistas em hansenologia, garantindo suporte especializado aos pacientes e capacitações para os profissionais da Atenção Primária à Saúde.
Pensando na qualidade de vida de pessoas que possuem deficiências físicas causadas pela hanseníase, e também para aquelas que não têm condições financeiras para adquirir materiais ou dispositivos de tecnologia assistiva, a Aliança contra Hanseníase lançou a ação inédita chamada TECHansen para todos os municípios brasileiros. Em 2022, a iniciativa, idealizada pela Dra. Susilene Nardi, recebeu menção honrosa do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde no Mapeamento de Experiências Exitosas em Hanseníase.
Em 2023, o Instituto AAL lançou, de maneira inédita, uma plataforma virtual para ajudar os médicos na condução de casos complexos de hanseníase. Chamada de DOCHansen e financiada pela Ordem de Malta Internacional contra a Hanseníase (CIOMAL), a ferramenta nasceu da Cooperação Técnica da AAL com a Secretaria do Estado da Saúde de Mato Grosso (MT) e funciona de forma piloto por seis meses, realizando uma ponte entre médicos que tenham dúvidas em relação à doença com experientes Hansenologistas brasileiros.
Em âmbito internacional, a Aliança contra Hanseníase tem presença ativa nos principais congressos científicos de hansenologia, incluindo a apresentação de trabalhos e apresentação de projetos em estandes.
Em 2024, o Instituto Aliança Contra a Hanseníase (AAL) alcançou avanços significativos em sua missão de combater a hanseníase e reduzir o estigma em torno da doença. Entre os marcos mais notáveis do ano, o Instituto foi eleito como uma das 100 melhores ONGs do Brasil, uma distinção concedida pelo Instituto Doar e pelo Instituto O Mundo Que Queremos, que destaca as organizações que se sobressaem em gestão, transparência e impacto social. Este reconhecimento reforça a credibilidade do AAL e a relevância de suas ações no terceiro setor.
Além disso, o Instituto foi agraciado com o Certificado de Excelência em Gestão no Prêmio Impulso de Boas Práticas no Terceiro Setor, promovido pelo Grupo GRPCom. Este prêmio valoriza iniciativas de gestão que combinam eficiência administrativa e impacto social, e posiciona o AAL como uma referência em práticas de governança e transparência.
O ano também foi marcado pela expansão de programas essenciais, como o TECHansen, que oferece tecnologia assistiva para pessoas com deficiências físicas causadas pela hanseníase, e o FeetHansen, que disponibiliza gratuitamente soluções ortopédicas como palmilhas adaptadas e sapatos impressos em 3D. Outro destaque é o DOCHansen, um programa que promove teleinterconsultas para suporte em diagnósticos precoces e tratamento de casos complexos, ampliando seu alcance não apenas no Brasil, mas também em países africanos de língua portuguesa, como Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.
Sob uma estratégia renovada para o período de 2024-2026, o AAL consolidou seus eixos de atuação em ciência, educação e assistência, elementos centrais de seu planejamento estratégico. Essa abordagem reflete o compromisso da organização em inovar e expandir seu impacto, como evidenciado pelo reconhecimento de iniciativas como o TECHansen, cuja menção em reportagem científica realizada pelo Jornal Bem Paraná ganhou o Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia pela inovação no uso de tecnologia assistiva.
Esses resultados destacam a dedicação contínua do Instituto em transformar vidas por meio de esforços integrados de assistência, pesquisa e educação, ao mesmo tempo em que luta para erradicar o estigma e a exclusão social associados à hanseníase.
Responsável técnico: Dra. Laila de Laguiche, dermatologista CRM- PR 31295 /RQE 17087 Hansenologista RQE 19706