DOCHansen
Instituto oferece, de maneira totalmente gratuita, plataforma inédita que conecta médicos generalistas do Brasil inteiro com especialistas em hanseníase com vasta experiência
DOCHansen facilita o atendimento e a assistência técnica aos pacientes
O Instituto Aliança Contra Hanseníase (AAL, na sigla em inglês – Alliance Against Leprosy) oferece, de maneira inédita, uma plataforma virtual para ajudar os médicos na condução de casos complexos de hanseníase, gratuitamente.
Chamada de DOCHansen e financiada pela Ordem de Malta Internacional contra a Hanseníase (CIOMAL), a ferramenta conecta médicos generalistas de todo o Brasil ou de países lusófonos, que atuam majoritariamente nas Unidades Básicas de Saúde, que têm dúvidas em relação ao diagnóstico e/ou à condução de casos de hanseníase com experientes hansenologistas brasileiros.
Como vai funcionar?
Solicite sua inscrição para utilizar a plataforma
É por meio deste formulário que você, médico generalista, poderá solicitar seu acesso à plataforma DOCHansen.
Para agilizar sua inscrição, confirme todos os seus dados – principalmente o e-mail (este será o seu principal meio para acessar e receber as notificações da plataforma DOCHansen) – e envie todos os anexos solicitados.
Médicos especialistas em hanseníase são essenciais no diagnóstico
O desejo da presidente da Aliança Contra Hanseníase, Dra Laila de Laguiche, é que os médicos consultores, que são especialistas em hanseníase, sejam mais valorizados frente ao mercado de trabalho. O Instituto AAL é responsável pelo recrutamento e remuneração dos hansenologistas na sua atuação no DOCHansen.
De acordo com o Dr. Francisco Almeida, consultor e embaixador do DOCHansen, e que também é professor atuante na graduação em Medicina, o “ensino sobre a hanseníase está desaparecendo das grades curriculares, o que faz com que os novos profissionais não tenham conhecimentos sobre a doença. Por isso a importância da iniciativa DOCHansen”.
“A porta de entrada da maioria dos médicos recém-formados e para os pacientes do SUS, permanece sendo a Atenção Primária à Saúde e/ou as emergências. Portanto, é essencial que eles conheçam o agravo para que os pacientes sejam bem conduzidos. A lacuna no conhecimento da doença é a principal responsável pela queda no coeficiente de detecção observado ao longo dos anos”, afirma o embaixador do DOCHansen.
Pensando na carência e necessidade de médicos especialistas, a iniciativa, que possui as melhores expectativas quanto a seu funcionamento e auxílio, é uma ferramenta com algumas limitações. “Ainda não há a disponibilidade de um teste laboratorial que substitua um exame físico acurado em todas as formas clínicas da hanseníase, sendo a experiência clínica a única ferramenta que oferece a maior segurança. Além disso, os casos avançados da doença por vezes são de grande complexidade, então, de fato, faz-se necessário o olhar do especialista para um melhor desfecho, minimizando a ocorrência das incapacidades irreversíveis que podem ser decorrentes da hanseníase”, explica Dr. Francisco.
Material de Apoio
Confira os materiais de apoio com informações sobre técnicas de suporte ao diagnóstico e tratamento à hanseníase:
Vídeo: Avaliação clínica do paciente de hanseníase
Vídeo: Baciloscopia em Hanseníase: Procedimentos Laboratoriais
Vídeo: Biópsia de pele em Hanseníase
Histórico
A ferramenta nasceu, em 2022, e funcionou de forma piloto por seis meses, realizando uma ponte entre médicos generalistas com experientes Hansenologistas brasileiros.
“A concepção deste projeto foi consequência de nossa atuação no Mato Grosso desde 2019, capacitando mais de 800 profissionais de saúde. Pudemos observar o caráter efêmero do impacto das capacitações. Os médicos encontram-se isolados e têm muitas dúvidas. Sem tutoria, o conhecimento se perde. Aliado à grande rotatividade dos médicos nas unidades de saúde, acreditamos que as Teleinterconsultorias poderão ser de grande impacto para a qualidade no atendimento dos doentes”, comenta Dra. Laila de Laguiche, médica hansenologista e presidente da Aliança Contra Hanseníase.
Segundo dados da última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país no mundo com mais casos novos de hanseníase (28.660), ficando apenas atrás da Índia (114.400) no ano de 2021. Apesar da incidência de casos ser alta no Brasil, existe uma carência de especialistas na área. Segundo o médico e embaixador do DOCHansen, Dr. Francisco Almeida, “os participantes das capacitações possuíam muitas dúvidas em relação à doença, seu diagnóstico e evolução, além de um crescente número de trocas de informações sensíveis, incluindo imagens de pacientes, em grupos informais de WhatsApp, sendo procedimentos que ferem os preceitos da Ética Médica”.
Sobre o Instituto Aliança contra Hanseníase
Capacidade técnica
O Instituto Aliança contra Hanseníase tem atuação destacada em projetos de impacto social. Desde 2021 mantém a premiada ação TECHansen, que tem o objetivo de doar materiais, equipamentos e tecnologia assistiva para pacientes que apresentam deficiências físicas ou alterações ocasionadas pela doença nos olhos, nariz, mãos e pés. Conheça a ação TECHansen.
O Instituto AAL também realiza a ação FeetHansen, implementando oficinas ortopédicas de confecção de palmilhas e adaptação de calçados – sapatarias AAL, além da produção de sapatos digitais, que utiliza tecnologia 3D.